terça-feira

rec

quatro pensamentos que tive que verbalizar durante a sessão de paranormal activity, que junta dois dos meu gêneros cinematográficos preferidos: câmera subjetiva e terror sobrenatural (nada muito revelador, mas se não viu, não leia):

01. como (e pra quê?) essas pessoas sustentam uma casa tão grande?

02. por que essas pessoas insistem em não sair de casa (eu entendo que o problema é com a katie e não com o local, mas porra, vai passear, almoçar no shopping, ver um filme... talvez iniba um pouco o demônio)?

03. por que, sendo atormentados por um demônio, essas pessoas não acendem a luz quando são acordadas durante a madrugada?

04. essa menina não é a cara (e a voz) da jenna fischer?

como eu falei, câmera subjetiva + terror são dois dos meus gêneros preferidos. sou isca fácil, cago de medo e adoro a manipulação do ambiente que a câmera em primeira pessoa proporciona. mas para isso funcionar, precisa de um bom roteiro. o que paranormal activity não tem. as cenas diurnas são um saco e as noturnas, quando a ação deveria acontecer, raramente cumprem o que é prometido e sempre caem nos clichês do gênero.

mas o filme até tem alguns méritos: a função do micah, de provocar a 'entidade' funciona direitinho, até diverte e durante as cenas capturadas de madrugada, o fastforward utilizado até alguma coisa acontecer é uma maravilha e quando o timer voltava para a velocidade normal, a tensão era grande.

depois de mais de uma hora de filme, todas as minhas esperanças para algo que justificasse os 'o filme mais assustador da década!' e 'não assista sozinho!' foram depositadas no final (que custa a chegar). e... decepção. o final (o cinematográfico pelo menos, parece que tem mais alguns alternativos por aí) é tudo aquilo que você já viu em uma dúzia de filmes de terror. e o textinho que segue após a cena final é de dar risada de tão ridículo.

é mais um desses fenômenos (no pun intented) que você sai do cinema sem entender o porquê de ter acontecido.

Um comentário:

Vinícius P. disse...

Também achei fraquinho, apesar desse tipo de experiência ser sempre curiosa (mas fica bem aquém de outros exemplares "câmera na mão"). Me perguntei o tempo todo sobre seu questionamento número 03. Também achei a moça a cara da Jenna Fischer, mas os outros dois só percebi agora que você comentou.