domingo

pilotos

em ordem de preferência:


01. modern family

até que enfim, christopher lloyd (o roteirista, não o dr. emmett). depois dos fracassos de out of practice (legalzinha) e back to you (péssima), parece que finalmente acertou a mão. estréia mais engraçada desde how i met your mother, lá em 2005. elenco afiado, situações que fazem rir de verdade, situações um pouco forçadas (porque ninguém é perfeito) e, bingo, audiência espetacular. é tão bom que o edward norton viu e pediu para participar.

mas é bom lembrar de uma outra estréia divertidíssima, há duas temporadas atrás, na mesma abc: samantha who?, que se perdeu no caminho e deu no que deu. just saying.

02. flashforward

não se engane pela posição, é que a temporada foi fraca até agora. o episódio é chato e só engrena nos cinco minutos finais, que vão até me fazer baixar a série de novo semana que vem. mas vai precisar melhorar muito se quiser manter o mínimo de semelhança com lost (mesmo não tendo nenhuma) e ganhar telespectadores às custas disso.

e qual é a graça de escalar um casal de ingleses e exigir que eles arranhem um sotaque americano?

03. the good wife

fall season 101: elenco excelente, história fraca. nenhum apelo, nenhuma vontade de assistir ao próximo episódio. e aquilo foi uma tentativa de gancho no final? até damages faz melhor.

pior que um piloto ruim, só um piloto medíocre.

04. cougar town

ok, um piloto ruim ainda é pior. que merda foi essa, bill lawrence? que merda foi essa, courteney cox? alguém me explica? graça nenhuma, piadas de mau gosto e, bingo, audiência espetacular. e se eu aprendi alguma coisa nesses anos todos, vai ser o hit da temporada enquanto modern family vai passar aperto para conseguir seus míseros 22 episódios.

estréias que ainda não assisti (nem pretendo): melrose place, the vampire diaries, the beautiful life, accidentally on purpose, the forgotten, ncis: los angeles, eastwick, mercy e brothers.

edit: pessoal me lembrou que eu esqueci de bored to death e community, que ocupariam o segundo e o terceiro lugares na lista, respectivamente e devem ganhar textos por aqui em breve. thanks folks.

quote of the day

craig thomas, sobre o centésimo episódio de how i met your mother, que vai ao ar em janeiro, ao ausiello:

There is some serious Mother action in episode 100. It’ll be the closest Ted’s ever come to [discovering who she is]. He’s getting a step closer every episode this season, and episode 100 [we] kind of go bananas with it.

então definitivamente nessa temporada a gente descobre quem é a mãe, certo? eu estou no time de quem acha que já passou da hora. e não entendo o argumento 'mas aí a série acaba'. se o future ted conta a história para os seus filhos em 2030, isso significa pelo menos mais 21 anos de história. se souberem implentar a personagem for interessante o suficiente (ao contrário das candidatas anteriores ao posto), a série só vai ganhar com isso.

enfim, ainda sobre o episódio 100:

There will be a huge Barney story culminating in an enormous musical number that we’re going to spend way too much of Twentieth Television’s money on. It’s not a musical episode, but all of a sudden it becomes one. It’ll probably be one of the craziest things we’ve ever done on the show.

can't wait!

quarta-feira

house, interrupted

programação excepcionalmente interrompida para assistir ao evento da semana: o retorno de house, direto do hospício. parei com a série no comecinho da temporada passada, quando o dr. greg virou uma criança chata e mimada que não fazia mais sentido (porque infantil e babaca ele sempre foi).

o episódio funciona quase como um filme para tv. 1h30 de duração, contando no que resultou a internação voluntária do dr. mala em uma clínica psiquiátrica depois dos delírios do personagem no final da temporada anterior. e são 90 minutos com todos os clichês da série (e/ou do personagem): house desrespeitando autoridades, house maltratando pacientes, house desobedecendo regras, house filosofando sobre a felicidad e a busca dela, house tendo epifanias e house sendo humanizado. todo aquele modus operandi que você já sabe de trás para frente e cansou de ver. e aí está o maior problema da série: achar que um personagem forte e carismático é o suficiente para manter um programa no ar. mas não existe força e carisma no mundo que me façam assistir uma repetição de situações anos após ano.

a fox vendeu esse sexto ano como 'o ano em que o médico vira paciente'. dou mais dois episódios para esquecerem completamente esse arco e a série voltar a ser a palhaçada que se transformou.

segunda-feira

emmy 2009: cerimônia


eu sempre gostei do emmy. mesmo quando eu não torcia por nenhuma série em particular ou quando the west wing e frasier ganhavam todos os prêmios. talvez porque seja uma cerimônia mais “informal”que o oscar e por isso um pouco mais agradável. e esse ano a premiação teve mudanças que deixaram o show mais dinâmico e divertido.

neil patrick harris já começou em vantagem, já que seria bem fácil superar os apresentadores do ano passado, que foram muito chatos. e como eu não consigo dissociar o ator do personagem de how i met your mother, a cerimônia já começou ótima, uma vez que o barney ia ser o anfitrião. ele não foi nenhuma ellen degeneres, mas no geral agradou.

a principal alteração com relação às últimas premiações foi a divisão do show em 5 segmentos: comédia, reality, minisséries e filmes para a tv, variety e drama. como começou com comédia o formato até funcionou, mas chegou uma hora que deu vontade de dar um fast foward até os prêmios mais interessantes. eu gostei dos clipes que eles mostraram no começo de cada segmento, principalmente os de comédia, finalizando com aquela cena ótima de 30 rocky e reality, com freaks e barracos ao som de circus da britney spears. já o clipe de drama parece que foi feito meio às pressas; no começo colocaram cenas de algumas séries, depois não dava mais tempo então eles colocaram só os títulos (eu já fiz vídeos no movie maker que ficaram melhores que esse).

no geral, a cerimônia transcorreu como esperado: piadas sobre kanye west (sem graça, por sinal), discurso de agradecimento da tina fey (esperava mais) e aparição do ricky gervais (nunca decepciona).

para finalizar, os dois melhores momentos da noite:



sempre me pergunto como ele ainda não foi chamado para apresentar alguma premiação, mas às vezes a graça esteja em doses homeopáticas.



são momentos como este que me cativam.

emmy 2009: vencedores

então, vencedores repetidos em todas as categorias principais em drama e comédia (menos, quem diria, tina fey, que perdeu para uma atriz de cinema fazendo um papel com múltiplas personalidades - justificado, certo?). justo ou não, é como o emmy funciona. o voto preguiçoso reina há anos e não isso não deve mudar tão cedo.

dos repetecos, gostei da metade. mad men e bryan cranston são incontestáveis. a primeira é a melhor série da atualidade e já é favorita para o ano que vem. o segundo não merecia ter ganhado ano passado. felizmente, nesse aspecto, o emmy não é o oscar. se lá o russell crowe não ganhou por uma mente brilhante por já ter vencido com gladiador, aqui o bryan cranston tinha a melhor atuação entre todos os indicados e mereceu o bi campeonato. toni collette era uma escolha óbvia, mas o prêmio foi merecido.

já entre as restantes... 30 rock não era a série mais engraçada entre as indicadas (era você, the office); alec baldwin não era o melhor ator entre os indicados (era você, steve carell) e glenn close não era a melhor atriz entre as indicadas (era você, qualquer outra indicada).

com os coadjuvantes, mais equívocos. kristin chenoweth e michael emerson ganharam por temporadas anteriores (o que me irrita muito), cherry jones foi beneficiada por uma concorrência medíocre e jon cryer foi um vexame.

a cerimônia em si foi morna. neil patrick harris fez um trabalho decente, mas sejamos sinceros, não teve nada de espetacular. foi melhor que os últimos dois anos, mas isso não era nem um pouco difícil. depois amanda comenta melhor essa parte.

sábado

emmy 2009: previsões

série drama: mad men

a maior barbada da noite. nenhuma outra tem mais buzz, timing e elogios rasgados. o mundo é seu, matthew weiner.

ator: gabriel byrne bryan cranston

para ser coerente. não acho que mad men está com essa bola toda para levar os três prêmios principais, então vou com o darkhorse. e darkhorses costumam se dar bem por aqui.

atriz: elisabeth moss glenn close

não consigo não apostar nela com aquele episódio aquela cena.

ator coad.: aaron paul michael emerson

um pouco de wishful thinking, um pouco de fé nos votantes.

atriz coad.: rose byrne cherry jones

categoria fraca e ela escolheu seu melhor episódio.

série comédia: 30 rock

olá, nova frasier.

ator: steve carell alec baldwin

alec baldwin é o favorito e tem o episódio mais baity, mas essa foi a melhor temporada de the office e acredito que irão reconhecer isso de alguma forma.

atriz: tina fey toni collette

actually, o mundo é seu tina fey.

ator coad.: neil patrick harris jon cryer

o jon cryer pode estar em uma série mais popular, mas o harris parece ser o novo queridinho de todo mundo. com algumas temporadas de atraso, mas tudo bem.

atriz coad.: jane krakowski kristin chenoweth

yeah, no idea. ia apostar na amy poehler, mas o fator 30 rock falou mais alto.

terça-feira

quote of the day

aaron paul, candidato e (meu) favorito ao emmy no domingo em entrevista ao ny times:

Q. Have you been working on a dignified “good-for-him” expression to show the cameras in case you don’t win?

A. Actually, that’s all I do all day long. Honestly, I am truly just expecting to go there and have the greatest night ever and just applaud really. I’m thrilled.


se existe alguma justiça nesse mundo, seus ensaios serão em vão e suas expectativas não serão atendidas, aaron.

quinta-feira

spike


de um ano para cá, spike jonze deixou de ser o diretor independente esquisito (mas que transitava bem entre o 'submundo' e o mainstream - indicado ao oscar e até ao mtv movie awards) para se transformar em representante de uma causa antiga: o conflito eterno entre artista e indústria. nesse caso, entre diretor e estúdio. nos últimos três anos, seu filme mais recente foi aprovado, reprovado, ameaçado, refilmado, re-editado e agora parece que está pronto para o mercado. depois de todo esse martírio, os louros já começam a surgir: o filme (where the wild things are, que você já deve ter ouvido falar por aí) é um dos mais esperados e comentados do ano. o trailer é o mais recente na lista de melhores de todos os tempos. e na semana passada o diretor ganhou capa, mega artigo de quase dez páginas e título de 'auteur' da revista de domingo do new york times.

a reportagem é imensa, mas a leitura é rápida (kudos para saki knafo, o repórter). a conversa foi de videoclipes à skate, de infância à sofia coppola. do quanto jonze sempre gostou do livro ao (para mim o mais interessante) momento em que ele percebeu que queria transformar a obra de maurice sendak em filme:
Then one night in 2003, Jonze opened the book again. He had been going through a difficult time. After more than a decade together, he and Sofia Coppola were splitting up. He found himself contemplating the wild things anew. “What would they look like?” he wondered. “What would they talk like?” He decided they should talk like people, not like monsters. They were “complex emotional beings,” he told me, with wild emotions roiling inside them. Then he began to think of the wild things as actually being wild emotions, embodying all the intense things children — and grown-ups — sometimes feel. “I felt that I could write infinitely about that, because that’s so much of what we are,” he told me. Excited, Jonze scribbled down some notes and called Sendak. At some point during what he described to me as “10 minutes of rambling,” he managed to get across the essential piece of information: he wanted to do the movie.
não parece, mas é um diretor prestes a completar 40 anos e com apenas dois longas no currículo.

quarta-feira

up up and away

up in the air é dono do buzz da vez. um pôster bacana lançado há pouco menos de um mês, uma exibição elogiada no festival de telluride e agora um trailer espetacular e triste. a receita do sucesso, parece. pelo que se tem falado (e pelo que dá para ver pelo trailer), o filme dialoga muito mais com obrigado por fumar do que com juno. como gosto muito dos dois trabalhos do diretor (que até criou um twitter para contar sobre o processo de finalização do filme), não tem muito como dar errado.

terça-feira

over and over

a temporada 2009/2010 começa oficialmente hoje na tv americana (mas já gente? deu nem para sentir saudade) e para não quebrar a tradição, um top de séries novas que a princípio irei acompanhar. porque é tudo fun and games até chegar no quarto episódio e você perceber que a série não vale a pena ou acabou de ser cancelada e foi tudo perda de tempo.


01. community (17 de setembro, nbc)

o piloto que vazou não foi dos mais engraçados, mas tem potencial. enquanto glee tem apelo comercial, community tem apelo cômico. in joel mchale we trust.

02. flash forward (24 de setembro, abc)

desde 2005, toda temporada tem sua 'nova lost'. dessa vez é a própria abc que tenta a sorte, com referência à original até no nome. o elenco tem seus destaques (joseph fiennes, charlie, penny...) e a história não deixa de ser interessante: durante um blackout de 2 minutos e 17 segundos algumas pessoas conseguem enxergar seis meses no futuro e outras são vítimas de diversos acidentes. se sair da sina de lost, pode dar certo.

03. bored to death (20 de setembro, hbo)

em duas palavras: jason schwartzman. e além do queridinho do wes anderson, ainda tem ted danson, zach galifianakis, patton oswalt, oliver platt e a promessa de uma série que mistura investigação, comédia e clima noir.

04. glee (9 de setembro, fox)

essa todo mundo já viu, certo? é o grande sucesso da temporada, todo mundo amou, todo mundo cantou junto, todo mundo quer comprar os cds. pelo menos é isso que querem que todo mundo acredite. eu achei bem mais ou menos. entretem, mas dá um pouco de vergonha. não acredito que vá sobreviver ao hype.

05. modern family (23 de setembro, abc)

mais uma comédia no estilo mockumentary, dessa vez acompanhando a vida de três famílias: jay, e sua segunda mulher mais nova; claire, seu marido e seus três filhos e mitchell, seu marido e sua recém adotada filha vietnamita. com ed o'neill, al bundy himself.

calendário completo no série maníacos.

that thing you do

quatro anos, 63 episódios e alguns bons 27 minutos semanais da minha vida. é tempo suficiente para eu poder dizer: mary-louise parker, eu só assisto weeds por você.

desisto de tentar entender quando a série deixou o tubarão para trás. também desisto de tentar me convencer que jenji kohan ainda sabe o que está fazendo. enquanto mary-louise parker (e sejamos justos: elizabeth perkins, justin kirk e kevin nealon também) forem presença garantida na minha programação semanal, eu aturo qualquer porcaria que essa velha doida inventar.

então já sabem. assisto weeds por nancy botwin & cia apenas. passar bem.

10 most anticipated films of the season

o cara lá perguntou.

01. where the whild things are
02. an education
03. the road
04. district 9
05. fantastic mr. fox
06. sherlock holmes
07. nine
08. a serious man
09. the lovely bones
10. the white ribbon

um musical, um coens e um haneke. a que ponto chegamos.

frenzy


  • continuo achando que não foi uma boa idéia resolver a história principal da temporada quatro episódios antes do final. não tem muito mais o que acontecer, certo? maryann morre, bon temps volta ao normal, fim.

  • a não ser que... alan ball ouça minhas preces e mantenha michelle forbes na série. mas acho isso bastante improvável.

  • e tá, ainda tem o triângulo beel/suckeh/eric, caso alguém se importe.

  • evan rachel wood fez jus ao buzz. nasceu pra fazer papel de vampira afetada.

  • alan ball é um roteirista excelente, mas de onde surgiu esse amor incondicional da tara pelo eggs? aliás, toda aquela cena envolvendo as duas enganando a sookie e o lafayette foi ridícula.

  • bolão da morte: 01. maryann; 02. eggs; 03. sam.