terça-feira

quote of the day

aaron paul, candidato e (meu) favorito ao emmy no domingo em entrevista ao ny times:

Q. Have you been working on a dignified “good-for-him” expression to show the cameras in case you don’t win?

A. Actually, that’s all I do all day long. Honestly, I am truly just expecting to go there and have the greatest night ever and just applaud really. I’m thrilled.


se existe alguma justiça nesse mundo, seus ensaios serão em vão e suas expectativas não serão atendidas, aaron.

quinta-feira

spike


de um ano para cá, spike jonze deixou de ser o diretor independente esquisito (mas que transitava bem entre o 'submundo' e o mainstream - indicado ao oscar e até ao mtv movie awards) para se transformar em representante de uma causa antiga: o conflito eterno entre artista e indústria. nesse caso, entre diretor e estúdio. nos últimos três anos, seu filme mais recente foi aprovado, reprovado, ameaçado, refilmado, re-editado e agora parece que está pronto para o mercado. depois de todo esse martírio, os louros já começam a surgir: o filme (where the wild things are, que você já deve ter ouvido falar por aí) é um dos mais esperados e comentados do ano. o trailer é o mais recente na lista de melhores de todos os tempos. e na semana passada o diretor ganhou capa, mega artigo de quase dez páginas e título de 'auteur' da revista de domingo do new york times.

a reportagem é imensa, mas a leitura é rápida (kudos para saki knafo, o repórter). a conversa foi de videoclipes à skate, de infância à sofia coppola. do quanto jonze sempre gostou do livro ao (para mim o mais interessante) momento em que ele percebeu que queria transformar a obra de maurice sendak em filme:
Then one night in 2003, Jonze opened the book again. He had been going through a difficult time. After more than a decade together, he and Sofia Coppola were splitting up. He found himself contemplating the wild things anew. “What would they look like?” he wondered. “What would they talk like?” He decided they should talk like people, not like monsters. They were “complex emotional beings,” he told me, with wild emotions roiling inside them. Then he began to think of the wild things as actually being wild emotions, embodying all the intense things children — and grown-ups — sometimes feel. “I felt that I could write infinitely about that, because that’s so much of what we are,” he told me. Excited, Jonze scribbled down some notes and called Sendak. At some point during what he described to me as “10 minutes of rambling,” he managed to get across the essential piece of information: he wanted to do the movie.
não parece, mas é um diretor prestes a completar 40 anos e com apenas dois longas no currículo.

quarta-feira

up up and away

up in the air é dono do buzz da vez. um pôster bacana lançado há pouco menos de um mês, uma exibição elogiada no festival de telluride e agora um trailer espetacular e triste. a receita do sucesso, parece. pelo que se tem falado (e pelo que dá para ver pelo trailer), o filme dialoga muito mais com obrigado por fumar do que com juno. como gosto muito dos dois trabalhos do diretor (que até criou um twitter para contar sobre o processo de finalização do filme), não tem muito como dar errado.

terça-feira

over and over

a temporada 2009/2010 começa oficialmente hoje na tv americana (mas já gente? deu nem para sentir saudade) e para não quebrar a tradição, um top de séries novas que a princípio irei acompanhar. porque é tudo fun and games até chegar no quarto episódio e você perceber que a série não vale a pena ou acabou de ser cancelada e foi tudo perda de tempo.


01. community (17 de setembro, nbc)

o piloto que vazou não foi dos mais engraçados, mas tem potencial. enquanto glee tem apelo comercial, community tem apelo cômico. in joel mchale we trust.

02. flash forward (24 de setembro, abc)

desde 2005, toda temporada tem sua 'nova lost'. dessa vez é a própria abc que tenta a sorte, com referência à original até no nome. o elenco tem seus destaques (joseph fiennes, charlie, penny...) e a história não deixa de ser interessante: durante um blackout de 2 minutos e 17 segundos algumas pessoas conseguem enxergar seis meses no futuro e outras são vítimas de diversos acidentes. se sair da sina de lost, pode dar certo.

03. bored to death (20 de setembro, hbo)

em duas palavras: jason schwartzman. e além do queridinho do wes anderson, ainda tem ted danson, zach galifianakis, patton oswalt, oliver platt e a promessa de uma série que mistura investigação, comédia e clima noir.

04. glee (9 de setembro, fox)

essa todo mundo já viu, certo? é o grande sucesso da temporada, todo mundo amou, todo mundo cantou junto, todo mundo quer comprar os cds. pelo menos é isso que querem que todo mundo acredite. eu achei bem mais ou menos. entretem, mas dá um pouco de vergonha. não acredito que vá sobreviver ao hype.

05. modern family (23 de setembro, abc)

mais uma comédia no estilo mockumentary, dessa vez acompanhando a vida de três famílias: jay, e sua segunda mulher mais nova; claire, seu marido e seus três filhos e mitchell, seu marido e sua recém adotada filha vietnamita. com ed o'neill, al bundy himself.

calendário completo no série maníacos.

that thing you do

quatro anos, 63 episódios e alguns bons 27 minutos semanais da minha vida. é tempo suficiente para eu poder dizer: mary-louise parker, eu só assisto weeds por você.

desisto de tentar entender quando a série deixou o tubarão para trás. também desisto de tentar me convencer que jenji kohan ainda sabe o que está fazendo. enquanto mary-louise parker (e sejamos justos: elizabeth perkins, justin kirk e kevin nealon também) forem presença garantida na minha programação semanal, eu aturo qualquer porcaria que essa velha doida inventar.

então já sabem. assisto weeds por nancy botwin & cia apenas. passar bem.

10 most anticipated films of the season

o cara lá perguntou.

01. where the whild things are
02. an education
03. the road
04. district 9
05. fantastic mr. fox
06. sherlock holmes
07. nine
08. a serious man
09. the lovely bones
10. the white ribbon

um musical, um coens e um haneke. a que ponto chegamos.

frenzy


  • continuo achando que não foi uma boa idéia resolver a história principal da temporada quatro episódios antes do final. não tem muito mais o que acontecer, certo? maryann morre, bon temps volta ao normal, fim.

  • a não ser que... alan ball ouça minhas preces e mantenha michelle forbes na série. mas acho isso bastante improvável.

  • e tá, ainda tem o triângulo beel/suckeh/eric, caso alguém se importe.

  • evan rachel wood fez jus ao buzz. nasceu pra fazer papel de vampira afetada.

  • alan ball é um roteirista excelente, mas de onde surgiu esse amor incondicional da tara pelo eggs? aliás, toda aquela cena envolvendo as duas enganando a sookie e o lafayette foi ridícula.

  • bolão da morte: 01. maryann; 02. eggs; 03. sam.