quinta-feira

spike


de um ano para cá, spike jonze deixou de ser o diretor independente esquisito (mas que transitava bem entre o 'submundo' e o mainstream - indicado ao oscar e até ao mtv movie awards) para se transformar em representante de uma causa antiga: o conflito eterno entre artista e indústria. nesse caso, entre diretor e estúdio. nos últimos três anos, seu filme mais recente foi aprovado, reprovado, ameaçado, refilmado, re-editado e agora parece que está pronto para o mercado. depois de todo esse martírio, os louros já começam a surgir: o filme (where the wild things are, que você já deve ter ouvido falar por aí) é um dos mais esperados e comentados do ano. o trailer é o mais recente na lista de melhores de todos os tempos. e na semana passada o diretor ganhou capa, mega artigo de quase dez páginas e título de 'auteur' da revista de domingo do new york times.

a reportagem é imensa, mas a leitura é rápida (kudos para saki knafo, o repórter). a conversa foi de videoclipes à skate, de infância à sofia coppola. do quanto jonze sempre gostou do livro ao (para mim o mais interessante) momento em que ele percebeu que queria transformar a obra de maurice sendak em filme:
Then one night in 2003, Jonze opened the book again. He had been going through a difficult time. After more than a decade together, he and Sofia Coppola were splitting up. He found himself contemplating the wild things anew. “What would they look like?” he wondered. “What would they talk like?” He decided they should talk like people, not like monsters. They were “complex emotional beings,” he told me, with wild emotions roiling inside them. Then he began to think of the wild things as actually being wild emotions, embodying all the intense things children — and grown-ups — sometimes feel. “I felt that I could write infinitely about that, because that’s so much of what we are,” he told me. Excited, Jonze scribbled down some notes and called Sendak. At some point during what he described to me as “10 minutes of rambling,” he managed to get across the essential piece of information: he wanted to do the movie.
não parece, mas é um diretor prestes a completar 40 anos e com apenas dois longas no currículo.

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